sexta-feira, fevereiro 21, 2014

terça-feira, janeiro 29, 2013

O Júri

Parabéns Doc

segunda-feira, outubro 31, 2011

segunda-feira, maio 30, 2011

Férias

As minhas férias de África Subsariana foram repartidas pelo Porto (home sweet home...) e Barcelona. Fiz tudo o que mais gosto, mas sobretudo descansei e fiz um providencial reset para aguentar mais uma temporada terceiromundista que já leva uma semana. As saudades ficam e ficam também umas fotos. Agora tenho muito trabalhinho pela frente até ir de férias de novo, no início de Setembro. Até já.

Gaudi´s Masterpiece

Agbar Tower

Calatrava

Park Guell

Collserola Tower

Collserola Tower

Tibidabo

Lx 125

Lx 125

domingo, março 06, 2011

Festival da Canção

Por uma vez, gostava de ter visto o festival. É desta que vamos arrasar com a europa da cançoneta. Avante camaradas. A luta continua.



Para quem, como eu, não acompanha estas coisa, é mesmo verdade. Os homens da luta ganharam o festival.

domingo, janeiro 09, 2011

Bom ano

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sexta-feira, novembro 12, 2010

Um dia o mundo todo vai ser chinês...

Basta fazer uma simples extrapolação. Se os gajos fazem a estrutura de um prédio com 15 andares em 2 dias, quanto tempo demorarão a dominar o mundo?



Peço aos especialistas nestes assuntos (construção, e não dominío do mundo) que me digam o que acham disto...

domingo, outubro 31, 2010

Baía

Luanda
Vista da Baía e início da Ilha, virado para Sul

Luanda
Vista da extremidade da ilha (atrás da grua)

Luanda
Vista geral do porto de Luanda, lado Norte

Tirei estas fotos na sexta-feira quando subi ao topo da obra a que estou alocado, a cerca de 75 metros acima do nível do mar, num 16º andar. A vista é engraçada, mas vou colocar aqui pormenores interessantes captados graças às maravilhas de um zoom.

terça-feira, outubro 19, 2010

Assaltado...

Um marginal é como a electricidade. Não se vê, mas sabes que existe, e quando se sente já foi tarde...

quarta-feira, setembro 29, 2010

O meu rico ordenadinho

Sendo um desses priveligiados que trabalham na administração pública, acabei de saber que o meu ordenado irá sofrer uma redução permanente e que os descontos que efectuo todos os meses irão sofrer um aumento... Como devem imaginar, estou a dar pulos de alegria. Como se isto ainda não fosses suficiente, ainda tenho que gramar com especialistas e comentadores na televisão a dizer todo o tipo de coisas inteligentes e que não podem de me deixar admirado com a vasta sabedoria desses senhores... Enfim, tudo isto para dizer que detesto que me tomem por parvo. E acho que é isso que os políticos deste belo país têm andado a fazer. Por um lado o goberno, a dizer que está tudo bem, está tudo bem. E agora é o que se vê. Lembram-se daquela cena do filme em que vai um gajo a cair de um prédio abaixo e, conforme vai caindo, vai dizendo "13.o andar e até agora tudo bem, 12.o andar e até agora tudo bem...", sendo o moral da história que o que conta não é a queda, é a aterragem (pergunta pertinente: será que já aterramos, ou ainda vamos a cair?). Do outro lado (talvez a expressão seja exagerada) o psd a dizer que não aprova o orçamento. Mas alguém alguma vez acreditou que esses gajos não iriam deixar passar o orçamento? Se estivessem realmente contra, abstinham-se e diziam que era por terem sentido de estado... O pp anda caladinho, a ver se sobra alguma migalhinha de sentido de estado a que se possa agarrar. Os partidos de esquerda lá anda com a sua conversa do costume com alguma razão, mas já sem qualquer esperança e, de caminho, dizendo uma série de disparates. A esquerda que me desculpe, mas estive cerca de 1 minuto a ouvir a joana amaral dias (sim, a ouvir) e, neste momento, não consigo sentir muita simpatia pelas causas de esquerda. Sobra a nossa esfinge, o Prof. Cavaco... Digam-me, meus amigos, como estaria agora o deficit se os governos dessa excelsa figura não tivessem aproveitado como aproveitaram os tempos das vacas gordas, em que o dinheiro de bruxelas chegava mais depressa que a droga de marrocos?

Enfim, desculpem-me o desabafo mas, de momento, a única coisa que me apetece dizer é "vão todos para o #@*)"æ¶ levar no pec"...

Toni, desculpa lá este post depois de fotografias da tua bellissima mota... é mesmo um belo bicho. Tens onde a deixar quando estás por aí? Se quiseres eu arranjo-te um lugar na minha garagem :)

terça-feira, setembro 21, 2010

Gibraltar

Gibraltar


Gibraltar


Gibraltar


Gibraltar

Num belo dia de Maio

quinta-feira, setembro 16, 2010

Vespando

LX 125 Touring




LX 125 Touring


125 GTR


LX 125 Touring

125 GTR

125 GTR



Ainda nem passou um mês desde que cheguei a este fim-do-mundo, mas já começo a sentir falta de tempo passado em casa e de me retemperar com passeios de Vespa sem destino.


125 GTR


LX 125 Touring


Lx 125 Touring

domingo, março 21, 2010

Trabalho de fim-de-semana

Miradouro da Lua
Miradouro da Lua
Barra do Cuanza

Barra do Cuanza

Barra do Cuanza

Praia de Sangano

Praia de Sangano

Praia de Sangano

A ordem de trabalhos para a semana seguinte normalmente é discutida à mesa, e como estamos num país de extremos, vamos alternando entre dois tipos de mariscos, o bom, e o dos pobres. Peço desculpa pela má qualidade das fotos mas foram tiradas com telemóvel. Fica a promessa de mais e melhores fotos numa máquina que revele a real beleza de tudo o que vi hoje. Entretanto parece que o Benfica ganhou não sei o quê ao FCP, mas por hoje já estou vermelho que chegue. Deixo esse relato para o Brise. Boa semana a todos.

sábado, março 20, 2010

Roque Santeiro

Mercado do Roque Santeiro - maior mercado de África a céu aberto.

terça-feira, março 16, 2010

Autobahn




A estrada de sempre. O trânsito anárquico. Não há fila única. Há um rebanho de carros, tal qual ovelhas que se tocam e esgueiram para uma única passagem, onde só passa uma de cada vez. Ovelhas de quatro rodas.

sexta-feira, março 12, 2010

Jornal 24 horas

Segundo o jornal 24 horas de ontem, nasceu no dia 10 de Março a filha dos jornalistas da TVI Hugo Pedro Capela e Raquel Matos Cruz. Chama-se Jacinta e nasceu com 3,(qualquer coisa quilos) e 50 cm. A mãe e a filha estão bem. O pai está completamente aparvalhado :)

Mais detalhes aqui, aqui, aqui, aqui e aqui

sexta-feira, março 05, 2010

A Coimbra da Suécia

Tenho andado por Lund e é impossível não notar as semelhanças com Coimbra.

Ambas são cidades pequenas centradas numa universidade grande. Coimbra tem 150000 habitantes e Lund tem 75000. Coimbra tem 20000 estudantes da universidade, Lund tem 25000.

A Universidade de Coimbra é a mais antiga de Portugal, fundada em 1308. A de Lund é a segunda mais antiga da Suécia e foi fundada em 1438.

O simbólo da UC é a torre da universidade, e Lund também tem como um dos símbolos uma torre - a torre do observatório astronómico.



Em Coimbra existem as repúblicas, em Lund existem as Nations.



Ainda não descobri em Lund o calhabé, tenho que procurar melhor...

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Boas festas

Partilho convosco o bilhete que a minha empregada angolana deixou em cima de uma mesa, só para eu me lembrar que é Natal e que lhe tenho de deixar uma notita. Reparem que o bilhete tem o sotaque próprio... Desejo um Feliz Natal a todos!

segunda-feira, dezembro 14, 2009

30 dias em Luanda

Assim que pisei um pé fora do aeroporto percebi de imediato que isto aqui não era para brincadeiras. Momentos antes tinha preenchido uns papeis onde além da minha identificação, indicava o motivo da visita, o tempo de permanência e forneci a morada da empresa, tudo conforme as indicações que me haviam dado. Fizeram-me uma rápida entrevista onde repeti o que tinha colocado no formulário, devolveram-me o passaporte, peguei na minha mala de trinta quilos, peguei nos dois portáteis que coloquei a tiracolo e avancei por um corredor largo que findava num átrio sem janelas mas que tinha com uma pequena porta de correr automática e com vidros translúcidos. Aquela porta dava para o exterior. Segui sempre sem paragens e mantendo a cadência de passo possível quando se anda carregado. Lá fora sabia que estaria um homem local, funcionário da empresa, à minha espera. Avancei e saí... De repente estava do lado de fora com mais de uma centena de negros atentos à dita porta, todos dispostos ao longo de uma frágil guarda metálica, que se inclinava no meu sentido com o peso de tanta gente. Não havia nenhuma zona de transição, nenhuma praça de táxis, nenhum espaço onde pudesse pousar as coisas e sentar-me enquanto não identificava a pessoa que me ia buscar. Olhei para a ruidosa multidão, voltei a olhar mais atentamente e nada vi com o meu nome, estava parado sem saber o que fazer. Tentei entrar de novo pela porta, mas o seu automatismo apenas funcionava do interior para o exterior. Nada a fazer. Uma vez saído fiquei ali incauto com um calor de trinta e quatro graus, parede de um lado, multidão do outro, com uma pesada mala, dois computadores e um leve casaco vestido que me aquecia e fazia transpirar à mesma velocidade com que ficava assustado. Peguei no telemóvel e liguei para o contacto que tinha. Liguei três vezes sem resposta e tinha já um bandido qualquer a pedir-me dinheiro, primeiro pediu euros, depois dólares, depois já só queria moedas e colocava a mão numa das malas a dizer que me levava onde eu quisesse. Subi a voz a dizer que não tinha dinheiro, que não lhe ia dar nada e que desaparecesse dali. Fiz mais uma chamada e desta vez atenderam. Instantes depois apareceu um homem negro de ar amistoso que me chamou pelo nome e se identificou. Estava a salvo,literalmente.


Entretanto passou-se pouco mais de um mês desde a minha chegada. Para aqueles que cá estão há mais tempo, justificam facilmente episódios como o que eu passei à chegada com um riso trocista e um simples “isto é África, meu!” Eu próprio já digo isso como se o facto de “ser África” justifique tudo aquilo que vi e que não imaginaria ver. Vivo num confortável e seguro condomínio a Norte de Luanda a treze quilómetros do seu centro, onde está o estaleiro da obra onde trabalho e onde fica também a sede da empresa. Faço diariamente esse trajecto onde cruzo por estradas que atravessam os “musseques” (assim chamados aos bairros de lata), serpenteio o meu jipe branco de motor a gasolina por buracos capazes de engolir rodas inteiras, luto por vencer o trânsito, circulo sempre encostado ao carro que segue à minha frente de forma a não dar espaço a mais nenhum outro se colocar, vou de portas trancadas, ar condicionado ligado. Atravesso dois “musseques” com faixas penduradas onde se pode ler “Natal 2009 sem fome”, passo em frente a uma prisão, numa estrada que dá acesso à maior feira de África, o “Roque Santeiro”. Treze quilómetros que podem chegar a demorar três horas a percorrer. Treze quilómetros onde se vêem pessoas a tomar banho em poças de água (água?!), centenas de crianças descalças e sujas com pouco mais de um trapinho em cima do corpo, rios de esgotos de um cheiro inimaginável que descem por entre as casinhas feitas em chapa ondulada, tijolos roubados e argamassas argilosas, mulheres vestidas com cores garridas com crianças às costas seguras por panos atados ao abdómen, mulheres que também carregam pesadas e variadas cargas à cabeça para vender no “Roque”, rapazes novos vestidos com camisolas de clubes europeus sendo a maior parte do Benfica, homens adultos com ar envelhecido, gente sem água, sem luz nem saneamento, gente sem instrução, sem destino e sem prespectivas, mas que nas primeiras horas de sol caminha freneticamente em direcção ao “Roque” e à cidade para fazer algum dinheiro. E carros, muitos carros. A maior parte são Toyotas velhos que vêm para cá terminar a vida útil oriundos dos mais variados países, robustos camiões Kamaz com mais de vinte anos que carregam contentores enferrujados, centenas de “candongueiros”, que são os taxistas locais, com as suas Toyota Hiace azuis e brancas com quatro filas de bancos capazes de levar mais de vinte pessoas. Tudo isto de manhã cedo a circular naquele que será o pior trânsito que já vi. É gente a mais, carros a mais, todos na estrada a “acotovelarem-se” para andar um pouco mais para a frente, estradas alegadamente de duas faixas que se desdobram em sete, cruzamentos que viram caos, sinfonias de buzinas e condutores desesperados com as mãos na cabeça. Esqueçam tudo o que é código da estrada, bom senso, lei e ordem. Isto é África!

Chegado à cidade o cenário não é muito diferente no que toca ao volume de tráfego. Mas há menos camiões e começam a surgir grandes e reluzentes jipes com motores V8 e, por aqui e ali, berlinas de luxo de gente endinheirada. Há grandes prédios antigos tomados pelo êxodo de provincianos que fugiram da guerra, prédios sem luz nem elevador, sem água e de esgotos entupidos. Há muito lixo amontoado nas ruas, vê-se (e sente-se!) uma água fétida de cor esverdeada que escorre pelos passeios e esbarra em sarjetas entupidas. Nas avenidas há vendedores que caminham por entre o trânsito e que vendem tudo. Filmes em dvd, calculadoras, cabides de roupa, tabaco, cartões de telemóvel, bonés, camisolas do Benfica, vendem cd´s da Shakira, Madona e Michael Jackson, vendem ventoinhas, bancos de cozinha, conjuntos de tampões para rodas de carros, óculos de sol, sapatilhas de marca, plantas ornamentais, fruta, revistas, jornais e sei lá o quê mais. E trânsito, muito trânsito, ruas cheias de armadilhas como buracos traiçoeiros, tampas de saneamento inexistentes, transeuntes que se lembram de voltar para trás quando já vão no meio da rua e galinhas que aparecem no meio dos carros estacionados que nos trarão um problema muito sério se lhes passarmos uma roda por cima. É uma cidade a rebentar pelas costuras. Luanda foi concebida para quinhentos mil habitantes e hoje comporta cerca de seis milhões, ou “seis milhões upa upa...” como me dizem os conhecedores. Em Luanda vive metade da população angolana e apesar do seu o centro urbano não ser muito grande, tem uma periferia tomada por de milhões de pessoas fugidas da guerra nas províncias, que vivem em más condições nos ditos “musseques”. Há muito para fazer por aqui mas o governo local começa a fazer um bom esforço social na construção de hospitais e escolas. Preocupa-se com a melhoria da mobilidade ao construir mais e melhores estradas, com isso gera emprego e aposta na descentralização ao estimular a repovoação de cidades do interior que a pouco e pouco vão ficando mais povoadas e atractivas. Segundo os meus colegas que estão cá há mais tempo, as melhorias fazem-se sentir, mas na minha verde opinião, ainda vai demorar duas gerações até que Luanda tenha qualidade de vida e que retome a beleza e o carisma que já possuiu. No entanto consegue-se encontrar bons restaurantes e há bons sítios para sair à noite. É possível viver aqui tranquilamente desde que se tenha a atitude certa de não deixar de fazer o que se gosta, mas também não assumir riscos desnecessários, como andar sozinho à noite, ou mostrar alguns sinais exteriores de saúde financeira. É possível gostar daqui. Depois há o convívio e as relações pessoais. Antes de vir disseram-me que dentro da empresa haveria pessoas “assim e assado” que ia gostar mais de umas e de outras como em tudo na vida. E pude verificar isso mesmo. Naturalmente que tenho as minhas preferências e gosto das pessoas que me rodeiam, colegas de trabalho bem conhecedores das particularidades locais, que contam histórias aqui passadas numa perspectiva hospitaleira e que me têm proporcionado uma boa integração. Gente boa com bom carácter que dão firmes apertos de mão e que olham nos olhos quando conversam. Gosto de pessoas assim, porque sou assim. Gente amiga. Não gosto daqueles que usam o paternalismo pateta de quem já cá está há muito tempo e que vivem a fazer intrigas bacocas sobre o dia-a-dia laboral. Mas gosto de outros, daqueles que passado um par de dias já perguntam por mim, e que se reencontram comigo com sorrisos francos. Gosto disso e gosto do meu trabalho. Sei que ainda não estive aqui demasiado tempo seguido para que as saudades doam, mas se não tivesse a confiança em mim mesmo para tomar conta dessas adversidades, nem teria vindo. Sinto muito a falta da minha mulher e tenho a certeza que irá conhecer Luanda e tirar partido daqui como eu já começo a fazer. Dia-a-dia vou ficando menos sensível às assimetrias sociais, aos cenários que diariamente vejo, e vou aprendendo a viver aqui, tirando proveito do melhor do meu trabalho, do melhor das pessoas, do melhor desta terra e do melhor de mim mesmo.