Amor em duas rodas
Li há uns dias um belo artigo no Público que falava que na Índia é proibido beijar e até mesmo andar de mãos dadas na rua, sendo o beijo considerado um acto sexual. Ainda bem que a nossa liberdade permite esses sinais exteriores de afecto e quem já não beijou em público, ou andou de mãos dadas a passear pelo jardim? Não me imagino sem essa liberdade, e talvez os turistas indianos se devam passar quando olham casais a beijarem-se quando e onde lhes apeteça. Devem julgar que que estão a fazer alguma ilegalidade, ou então devem rir timidamente como quem olha uma novidade. De qualquer forma essa lei indiana é algo estranha, principalmente vinda de um país que construiu o mais belo hino ao amor jamais feito, o Taj Mahal. Sinto que há algo que me está a escapar. E já que a história do fruto proibido faz parte da natureza humana, ou não fossemos nós todos descendentes de um pecado, tem de haver amor pelo ar, como a música. Nem que seja de uma forma dissimulada, em pequenos gestos do quotidiano, e olhando um pouco as imagens que nos chegam da Índia, a solução está no meio de transporte mais utilizado por lá. A moto! Andar de moto é o pretexto ideal para trocar uns mimos, e as mulheres aproveitam isso mesmo quando se encostam e abraçam ao parceiro. Chegam mesmo fechar os olhos e a deixar a cabeça tombar sobre as costas do seu amor, deixando escapar leves sorrisos pelo ar...
2 comentários:
Tenho pra mim que isso tudo é saudade da vespa . . .
Cá pra mim, a ASAE via numa moto a segui-los..
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