Máquina do juizo final?
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Um artigo da BBC indica que a Terra pode enfrentar agora uma nova ameaça… Para além do Aquecimento Global, da fome provocada pela alta dos preços do alimentos, do sempre possível conflito nuclear e de um impacto de um asteróide, parece que segundo a BBC existe também uma possibilidade - remota - mas ainda assim uma possibilidade que o LHC (“Large Hadron Collider”) o Super ciclotrão que foi construído na Suíça possa criar um Buraco Negro capaz de engolir toda a Terra e até talvez o nosso Sistema Solar.
Havendo (como há) uma possibilidade teórica que este imenso acelerador de partículas forme um buraco negro, não deveria tal instrumento científico ser banido da Terra, e colocado onde não pode fazer mal, isto é, fora do próprio Sistema Solar?
A resposta é não. Segundo os craques na matéria (e anti-matéria) a resposta está na nossa Lua. Um dos seus melhores argumentos reside no estudo sobre o impacto de Raios Cósmicos de alta energia sobre a Lua que conclui pela existência de um grande número de impactos individuais de partículas com a mesma ou superior escala de energia que será gerada pelo LHC. Ora, se a Lua continua lá e se recebeu exponencialmente mais impactos destes do que o LHC poderá fazer em toda a sua vida útil, então é pouco provável que o LHC crie um buraco negro. Mas é provável!
Outro argumento defensivo daqueles que negam esta possibilidade afirma que, de acordo com aquilo que se conhece dos buracos negros, qualquer um que fosse criado na Lua por esses impactos ou na Terra, no LHC ou noutro acelerador de alta energia se evaporaria numa fracção de segundo.
Além disso, actualmente, não existem aceleradores de partículas capazes de igualar a energia com que alguns raios cósmicos colidem com a Terra.Tais energias não podem ser criadas num acelerador. Ainda. Nem mesmo no LHC.
Mas do que foi dito, devemos então deixar de recear a possibilidade de que no LHC seja criado um buraco negro que engula a Terra e o Sistema Solar? Não necessariamente… Os buracos negros são criações cósmicas elusivas e nunca foram estudadas directamente. A teoria que determina que um micro buraco negro não sobrevivesse menos do que um nanosegundo baseia-se numa teoria (evaporante) do Hawking que nunca foi observada, precisamente porque nunca se observou um buraco negro directamente. E agora?
Oficialmente, o CERN, a entidade multinacional que gere o LHC nega que exista qualquer ameaça concebível de buracos negros. Alguns cientistas do CERN acreditam que os modelos teóricos admitem que o funcionamento normal do LHC pode gerar até um micro buraco negro por segundo, mas todos evaporantes através da radiação Hawking. Ou não… Já que não sabemos com total certeza de que essa radiação existe mesmo. E se não existir… Então temos mesmo um problema.
Até agora, na experiência do passado dia 10 de Setembro, correu tudo bem...