Primeiro GP nocturno da história da F1

Impassível a toda a crise mundial, o campeonato de Fórmula 1 prossegue corrida após corrida num desfilar de grandeza, de esplendor e de grande desenvolvimento tecnológico que já nada tem a ver com a máxima que regula (ou regulava) a Fórmula 1. Segundo a FIA, que está para a F1 como o Pinto da Costa está para o FCP, a Fórmula 1 representa o melhor do melhor das corridas de automóveis e nela encontram-se os melhores pilotos do mundo (será?). Sim senhor até aqui tudo (mais ou menos) bem, mas segundo a Federação Internacional do Automóvel, a F1 assume-se como uma modalidade desportiva onde toda a tecnologia e engenharia aplicadas servirão como um laboratório para desenvolver a qualidade dos nossos automóveis do dia-a-dia. Certo é que os ABS, controlos de tracção, caixas de velocidades automáticas, sistemas de injecção e travões capazes de nos arrancar os olhos, tiveram procedência das corridas do Schumacher. Mas sejamos realistas, e hoje, em 2008, que laboratório é este? Todos os fabricantes procuram reduzir as capacidades dos seus modelos, reduzir consumos, tornar os carros cada vez mais "verdes" e onde estão os F1 híbridos? Porque não criar umas corridas do tipo F1 só com carros eléctricos? Ou onde está, por exemplo um controlo de emissões de CO em cada corrida de F1? Nestes últimos anos só tenho visto novos GP´s e grandes circuitos construídos do zero, e todo o campeonato funciona como uma guerra de construtores e de governos (bem abastados) que tudo fazem para terem a F1 a passar pelo seu país. Quanto terá custado o circuito do Qatar, por exemplo? Naquilo que é um laboratorio de desenvolvimento para os simples carros que todos conduzimos, nunca vi preocupações ambientais numa corrida de F1. Deviam tornar todas as pistas do campeonato de F1 em gigantescos currais de vacas e usar o metano libertado pelas matérias expelidas pelas suas via naturais, para abastecer os carritos. E que raio de preocupações ambientais podem haver ao realizar-se uma corrida nocturna? Bom, de parabéns está o Fernando Alonso que hoje deve ter contribuido mais para o Aquecimento Global, do que eu num ano inteiro, mas lá entrou na história como o sendo o piloto a ganhar a primeira corrida de nocturna, hoje mesmo, em Singapura.