quinta-feira, setembro 14, 2006

Prazeres...

Se ha prazer que eu gosto é de beber um bom vinho numa boa refeição. Para mim é uma delicia juntar uns amigos, ou pegar na cara metade e jantar fora, comer uma boa refeição e beber um bom vinho.
Acredito que a maior parte dos que lêm isto compartilham comigo esta opinião. Pessoalmente prefiro o vinho tinto, e sem ser entendido na materia, gosto dos alentejanos e dos da zona do Dão. Ja tenho provado alguns que são autenticos perfumes. Depois ha quem fale das suas propriedades preventivas quanto ao cancro na próstata, quanto as doenças cardiovasculares, e que beber vinho é bom e tal, mas para mim, a maior propriedade que o vinho possa ter é a de tornar qualquer jantar, qualquer evento, qualquer convivio em algo de muito especial.
Ha tambem aquela história de ser uma bebida afrodisiaca e, verdade ou nao, a ser ou não, o melhor é ler os rótulos...
Se esquecermos a concordância masculino/feminino das descrições dos vinhos, com alguma malicia e pensamentos pecaminosos podemos sempre encontrar nos rótulos descrisões carregadas de sensualidade. Senão vejamos, os nossos amigos do Alentejo começam por dizer coisas como:

“(…) apresenta cor intensa, (…) sabor concentrado, complexo e persistente (...) "
(ACR-Reserva-Tinto, Alentejo, Tinto)

Bom, até aqui tudo bem, uns copos depois vejam;

“Resultou um aroma complexo, equilibrado,(…) e uma estrutura rica que lhe garantiu uma boa evolução (…)." (Finagra-Cabernet Sauvignon-Tinto, Alentejo, Tinto)

Menos mal, mas pode haver ainda mais proximidade...

“ (…)macio ao sabor, ligeiramente acídulo, com alguma adstringência própria da juventude (…)”
(EA-Tinto EA, Alentejo, Tinto)

Mas uns copos a frente, tudo pode aquecer;

"Macios de sabor, com uma ligeira, agradável e ténue sensação de quentura alcoólica, e adstringência muito acentuada". (Adega Cooperativa de Borba-Reserva-Tinto, Alentejo, Tinto)

Mas como tudo é bom quando acaba bem;

“ (..). É elegante e macio, com (…) compactos e grande persistência final."
(João Portugal Ramos-Syrah-Tinto, Alentejo, Tinto)

Depois ha a teimosia, a presistencia, e a continuação sucessiva do prazer...

“ (…)aroma atractivo (…) Na boca é muito suave e pleno de vivacidade, ideal para um consumo diário. (…) deve ser mantida deitada, em lugar fresco e seco, ao abrigo da luz…” (Grão Vasco, Alentejo, Tinto)


No Alentejo são muito subtis, mas a malta do Dão não está para brincadeiras:

“(…) aroma intenso com notas de fruta madura. Na boca, é macio, dado que já evidencia (…) bom equilíbrio e maturidade. Poder ser consumido já ou, em virtude do corpo que apresenta, guardado durante alguns anos.
(Casa de Santar, Tinto, Dão)


” (…)Apresenta "nuances" de envelhecimento mas muito madura e evoluída (…) encorpado, com final persistente e agradável…” (Grão Vasco, Tinto, Dão)


2 comentários:

Mi disse...

buuuuaaaaaaa q saudadinha do vinho portugues deu até agua na boca o pá...

Anónimo disse...

No Calhabé, antigamente, bebia-se bom vinho na tasca do Conceição e no Emiliano...com o meu pai, lanchei muitas vezes no Emiliano, bons petiscos e que saudades.

Os tempos mudam, agora temos outro Calhabé...com um belíssimo estádio e com o "melhor centro comercial do mundo"...